14 de outubro de 2009

Discriminação, um caminho retrógrado

Educadas de maneira severa, as moças de Esparta, cidade da Grécia Antiga, eram treinadas para possuírem um corpo atlético com o objetivo de estarem preparadas para qualquer situação adversa. As Espartanas eram independentes na Pólis grega, ao contrário as Atenienses que ficavam submissas aos pais ou marido, demonstrando assim a desigualdade de gênero, desde aquela época.


O tempo passou mas as mulheres ainda são observadas pelas características descritas como “feministas” e também são tratadas de maneira inferior aos homens, mesmo essas executando um mesmo cargo ou superior ao deles. Assim percebem-se as diferenças nos salários. Esse tipo de situação é considerada uma falta de justiça e forte discriminação.


Como disse o filósofo Aristóteles “a característica específica do homem em comparação com outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal do justo e do injusto e de outras qualidades morais” ou seja, os seres humanos vivem conforme valores e esses podem ser hierarquizados, assim quando os homens acham que são superiores as mulheres, estão agindo de forma irracional e obsoleto.


Logo nota-se, não apenas discriminação, mas também a falta de respeito e liberdade para com o sexo feminino. Tanto homens, quanto mulheres, ou homossexuais, dentre outros têm os direitos de buscarem seus próprios caminhos, sendo esses únicos responsáveis pelas conseqüências dos seus atos. Quando supõem a superioridade seja de raça, cor, sexo, idade ou religião, iguala-se a um ditador como Adolf Hitler.


De fato há diferenças na fisiologia entre homens e mulheres, afinal o Biólogo Mendel já as explicava na genética, porém não significa que um seja superior ao outro, pois é comprovada a capacidade que todos possuem para executar qualquer função, e para isso, basta apenas determinação.


De acordo com o jornal A Folha de São Paulo do dia 21/11/2005, números recém divulgados do Ipea [Instituto de pesquisa econômica aplicada] e pelo Dieese [Departamento de Estudos e Estatística sócio econômica aplicada] apontam na mesma direção e mostram que a discriminação por sexo torna-se cada vez mais grave. A média salarial da mulher negra no Brasil é pouco mais do que um quarto da de um homem branco. No estado da Bahia, por exemplo, mulheres negras chegam a ganhar apenas 40% do que é pago a um homem branco o qual exerce a mesma função.


Assim, percebe-se que além da discriminação por mulheres, também é intensificado o preconceito diante da cor, como se o sexo masculino e o pigmento branco da pele controlassem todo o planeta Terra. Esse, por sua vez, é movido pela “tecnologia do homem branco”.
O que muitos não admitem é que as mulheres assumem cargos hoje, que antigamente eram realizados apenas por homens, não por que elas não sabiam desempenhá-los, mas devido à aquisição de oportunidades somente agora. Alguns exemplos são as profissões de Motorista carreteiro, Pedreiro, Cargos de Chefia, ramos relacionados á ciência, dentre outras. E aumentam-se as estatísticas de que as mulheres são mais determinadas no trabalho do que os homens.


Uma amostra de coragem feminina é retratada na luta de Olga Benário Prestes. Com apenas 15 anos ela já defendia suas idéias, mesmo sem o apoio da mãe, não desistiu. A alemã de origem judaica estava envolvida em movimentos revolucionários comunistas, com isso ganhou prestígio e sua missão foi garantir a segurança de Luís Carlos Prestes, o qual posteriormente liderava a Intentona Comunista no Brasil.


Mesmo a revolução sendo um fracasso, ela demonstrou que lutava por seus direitos e assim a Europa sensibilizou querendo sua libertação. Olga conseguiu salvar sua filha Anita Leocádia, a qual foi criada com a avó paterna, hoje é historiadora e professora. Apesar de sua morte trágica em uma câmara de concentração de gás, Olga deixou seu legado e é sempre lembrada como o exemplo de liderança feminista contra o nazismo.


Mas a discriminação ainda é tamanha que ocasionou a criação da lei Maria da Penha, a qual declara que “toda mulher, independente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião goza dos direitos fundamentais ineres á pessoa humana”.


Portanto, todos possuem as mesmas oportunidades e para que essa lei seja cumprida, é preciso consciência moral da população que conseqüentemente, resultará em um livre caminho para a liberdade, independente de raça, sexo ou nacionalidade.

Texto dissertativo
J.O.M

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